O que é Extensão?
A Extensão universitária é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político. Promove a interação transformadora e criadora entre a universidade e outros setores da sociedade. Ela está sob o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, ou seja, qualquer uma dessas dimensões não existe sem a outra.
As Atividades de Extensão contribuem para a formação humanista do aluno da UFRJ, articulando os processos de desenvolvimento científico, tecnológico e cultural com práticas cidadãs. Oferecem oportunidades de vivências práticas e que envolvem participantes, grupos, redes e instituições de dentro e fora da UFRJ.
É preciso fazer Atividades de Extensão?
Sim! Atividades de Extensão passarão a ser obrigatórias no currículo do curso de Bacharelado em Ciências Atuariais, de acordo com a Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, do Conselho Nacional de Educação (CNE), órgão associado ao Ministério da Educação (MEC). Essa resolução estabelece as diretrizes para que a extensão seja incluída nos currículos de graduação, perfazendo um percentual mínimo de 10% (dez por cento) da carga horária total do curso. Atividades de Extensão contarão como Requisitos Curriculares Suplementares (RCS).
As Atividades de Extensão são chamadas, formalmente, de ações de Extensão, e se dividem em quatro modalidades:
- Programa – conjunto articulado de projetos e outras ações de extensão, preferencialmente de caráter multidisciplinar e integrado a atividades de pesquisa e de ensino;
- Projeto – ação processual e contínua, de caráter educativo, social, cultural, científico ou tecnológico, com objetivo específico e prazo determinado, registrado, preferencialmente vinculado a um programa ou como projeto isolado;
- Curso – ação pedagógica dirigida majoritariamente e prioritariamente à comunidade externa à UFRJ, de caráter teórico e/ou prático, planejada e organizada de modo sistemático, com critérios de avaliação definidos;
- Evento – ação que implica na apresentação e/ou exibição pública, livre ou com clientela específica, do conhecimento ou produto cultural, artístico, esportivo, científico e tecnológico desenvolvido, conservado ou reconhecido pela universidade, dirigida majoritariamente e prioritariamente à comunidade externa à UFRJ.
Como se inscrever em ações de Extensão?
O aluno do curso de Bacharelado em Ciências Atuariais, como qualquer aluno da UFRJ, pode participar de ações de Extensão de toda a universidade e não somente daquelas oferecidas pelo Instituto de Matemática da UFRJ (IM-UFRJ).
Para participar de uma ação de Extensão, o aluno de Ciências Atuariais precisa estar inscrito na disciplina de código MAWZ50, Atividades Curriculares de Extensão, e se inscrever em uma ação de Extensão cadastrada no SIGA (Sistema Integrado de Gestão Acadêmica).
As diversas ações de Extensão podem ser encontradas por meio do Portal UFRJ. Informações podem também ser obtidas por meio do Portal Extensão UFRJ, em https://portal.extensao.ufrj.br. Caso tenha interesse em alguma, entre em contato com o coordenador da ação para descobrir a disponibilidade de vagas.
O aluno da UFRJ pode participar de ações de Extensão desde o primeiro período e ir participando delas ao longo do curso. Após comprovada a participação, as horas (creditação de Extensão) são lançadas no BOA (Boletim de Orientação Acadêmica) do aluno. Atividades de Extensão não conferem crédito.
Os novos alunos do curso de Ciências Atuariais são automaticamente inscritos na disciplina MAWZ50 já no primeiro período. Caso não esteja inscrito e queira participar de ações de Extensão, entre contato com a Coordenação do curso de Bacharelado em Estatística.
Mais detalhes sobre Extensão na UFRJ podem ser vistos na página da PR5 (Pró-Reitoria de Extensão), em https://extensão.ufrj.br, e no Portal Extensão UFRJ, em https://portal.extensao.ufrj.br. Você pode também acessar o Guia da Extensão UFRJ para Calouros.
Projetos de Extensão coordenados por professores do Departamento de Métodos Estatísticos (DME)
Atualmente, há quatro projetos de Extensão coordenados por professores do Departamento de Métodos Estatísticos (DME). Eles serão descritos a seguir.
Uso de mídias sociais para divulgação científica nas áreas de Probabilidade, Estatística, Ciências Dados e Atuária e divulgação de atividades desenvolvidas pelo DME-UFRJ

Mídias sociais, como Facebook, Instagram, Twitter e YouTube, permitem interação e compartilhamento de informações de forma dinâmica e abrangente. Com o surgimento da pandemia de Covid-19 e o isolamento social, essas ferramentas de comunicação passaram a ser mais utilizadas no âmbito acadêmico. As mídias são ferramentas importantes para prover suporte às atividades acadêmicas e podem propiciar engajamento da comunidade por serem ferramentas já presentes no cotidiano. O gerenciamento destas é mais simples quando comparadas a meios de comunicação como websites, permitindo assim a divulgação de atividades de ensino, pesquisa e extensão, com mais facilidade e de forma mais direta. Neste contexto, o projeto visa ampliar o uso de mídias sociais com os seguintes objetivos: interação entre os membros da equipe na escolha de temas, elaboração de identidade visual e conteúdo digital com linguagem mais acessível ao público da ação; interação dialógica entre a equipe com público da ação ancorada na troca de saberes acadêmico e popular, com a finalidade de elaborar conteúdos contextualizados que possam despertar maior interesse desse público; divulgação de atividades ligadas ao Departamento de Métodos Estatísticos (DME) do Instituto de Matemática da UFRJ e de tópicos de Probabilidade, Estatística, Ciência de Dados e Ciências Atuariais, que possam propiciar ao público da ação um acervo de informações relevantes para o seu cotidiano.
Coordenadora: Kelly Cristina Mota Gonçalves
Instagram: https://www.instagram.com/dme_ufrj/
Facebook: https://www.facebook.com/dme.ufrj
Youtube: https://www.youtube.com/@dme_ufrj5530
MusMat Podcast

O projeto tem como objetivo central promover divulgação científica da interseção entre música e matemática, por meio de podcasts acessíveis ao grande público. Os conceitos matemáticos presentes na música (envolvendo áreas da geometria, trigonometria, aritmética, teoria dos grupos, álgebra linear, topologia, teoria das partições etc.) e da música em si (especialmente análise e composição) serão explorados, mas alicerçados em um vasto espectro da música popular e de concerto. No âmbito da UFRJ, o projeto busca engajar e estimular a comunidade acadêmica e principalmente o corpo estudantil, ao promover uma compreensão mais profunda dessa interseção. Além de ser uma oportunidade de aprendizado, os estudantes serão protagonistas na produção dos episódios (através da escrita de roteiros, edição das gravações, manutenção de mídias sociais associadas, criação de websites, ou mesmo como “avaliadores” da clareza da informação sendo transmitida), estimulando o trabalho em equipe e a divulgação da respectiva produção científica, o que proporcionará o enriquecimento da experiência discente em termos teóricos e metodológicos. O projeto visa não apenas disseminar conhecimento, mas também despertar o interesse e a curiosidade do público em geral, especialmente alunos do final do ensino médio, músicos (amadores ou profissionais) e professores de matemática. Através dessa conexão entre música e matemática, buscamos enriquecer o entendimento e a apreciação dessas áreas do conhecimento.
Coordenador: Hugo Tremonte de Carvalho
Spotify: https://open.spotify.com/show/39BGsP5zoPjA2xFZU7aBqO?si=b5afae2a22bb4fbe
Youtube: https://www.youtube.com/@MusMat
Estatística++

Este projeto de extensão tem por finalidade ajudar o público – alunos, docentes, técnicos administrativos e outros, sejam internos ou externos à UFRJ – a compreender de forma clara e concisa as linguagens de baixo nível como C e FORTRAN, mas não limitada a estas. A partir daí, o público estará apto a estudar, entender e construir pacotes ou bibliotecas para programas como R, Python ou Julia utilizando as linguagens de baixo nível. Ademais, a compreensão das linguagens de baixo nível intrinsecamente melhora muito as habilidades de programação de qualquer pessoa. O projeto de extensão visa também incentivar a utilização de outras ferramentas de programação como a “autoconfiguração” que verifica as demandas computacionais para se compilar determinado código fonte em diferentes sistemas operacionais e diferentes arquiteturas. Por fim, dentro de um contexto de inserção tecnológica, este projeto de extensão estimulará a construção de novos pacotes ou bibliotecas para programas conhecidos como R, Python e Julia que traga novas funcionalidades ou implemente metodologias recentes e inovadoras de modelagem Estatística ou Matemática, assim como de outras áreas do conhecimento.
Coordenador: Ralph dos Santos Silva
Projeto Fundão: Estatística e Probabilidade

O Projeto Fundão: Estatística e Probabilidade, visando ao desenvolvimento profissional do professor de matemática quanto ao ensino de estatística para a promoção do letramento estatístico, investiga modelos e práticas de ensino nas diferentes etapas da Educação Básica. O trabalho de pesquisa e extensão tem como objetivo contribuir para o estreitamento do diálogo entre a escola e a universidade. Funda-se, portanto, na colaboração entre professores da universidade, professores da Educação Básica e estudantes de cursos de licenciatura da UFRJ ou outros cursos. Tal configuração é fundamental para a educação. No cenário mundial, o reconhecimento da importância da estatística na sociedade contemporânea aponta a relevância do desenvolvimento do pensamento estatístico nos diversos níveis de educação. O Brasil vem refletindo esse entendimento em sua política educacional. A implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) traz uma mudança de perspectiva no tratamento dado ao tema e inclui Probabilidade e Estatística como uma das cinco unidades temáticas de Matemática. Diante da urgência da discussão, este Projeto tem como foco principal a investigação do ensino de Estatística e Probabilidade na Educação Básica. O estudo tem como base as orientações curriculares da BNCC, estabelecendo relações críticas com as recomendações para o desenvolvimento do letramento estatístico na educação escolar apontados pela Associação Brasileira de Estatística (ABE).
Coordenadora: Flavia Maria Pinto Ferreira Landim